Existe dependência de Internet?
No entanto, algumas pesquisas vem apontanto a compulsão por internet como uma nova forma de Transtorno do Controle dos Impulsos.
Transtorno do Controle dos Impulsos? O que é isso?
Os Transtornos do Controle dos Impulsos, também chamados de Dependências Não-Químicas, são caracterizados pela vontade incontrolável de realizar alguma coisa que é prejudicial a si ou aos outros. O Transtorno do Controle dos Impulsos mais conhecido, provavelmente, é o Jogo Patológico, mas aqui também se encaixam a Cleptomania (pessoa que rouba coisas sem precisar ou sem querer), a Piromania (comportamento incendiário), o Transtorno Explosivo Intermitente (episódios explosivos de agressões, sem controle) e a Tricotilomania (arrancar os próprios cabelos). Depois do ato, a pessoa se sente aliviada, podendo ou não existir culpa, arrependimento ou auto-recriminação.
É importante dizer que os comportamentos característicos dos Transtornos do Controle dos Impulsos não acompanham nenhuma outra patologia, como a Dependência de Substâncias ou os Transtornos de Conduta. Saiba mais sobre os Transtornos do Controle dos Impulsos clicando aqui.
O que já se sabe sobre a Dependência de Internet?
É importante dizer, antes de tudo, que ainda não se sabe se a Internet é um veículo para uma compulsão (por exemplo: jogos online, chats) ou uma compulsão em si. Os primeiros conceitos de Dependência de Internet datam de 1991, nos EUA, mas só em 1996 foram definidos os primeiros critérios para classificação do abuso de Internet.
A classificação utilizada atualmente foi definida em 2001. Uma pessoa é considerada “dependente de internet” se apresenta 5 dos 8 critérios abaixo:
- Preocupação excessiva com a Internet;
- Necessidade de aumentar o tempo conectado (on-line) para ter a mesma satisfação;
- Exibe esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet;
- Irritabilidade e/ou depressão;
- Quando o uso da Internet é restringido, apresenta instabilidade emocional (usa a Internet como forma de regulação emocional);
- Permanece mais conectado (on-line) do que o programado;
- Trabalho e relações sociais ficam em risco pelo uso excessivo;
- Mente aos outros a respeito da quantidade de horas conectada.
Como já foi dito, existem casos em que a pessoa é compulsiva pela internet “em si”. Em outros casos, apenas algumas atividades são foco da compulsão (compras online, jogos, salas de bate-papo). Também é importante, na hora do diagnóstico, verificar se o uso da internet se faz por necessidade: pessoas que trabalham online provavelmente permanecerão mais tempo conectadas que aquelas que trabalham offline.
Se você acha que pode ser dependente de internet, faça o teste elaborado pela equipe do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do HC/USP, clicando aqui.
A internet prejudica a minha vida. O que eu posso fazer?
Se você acha que tem problemas com a Internet, procurar psicoterapia é um passo importante. A psicoterapia permite que você perceba se há algum problema e, em caso positivo, faça algumas coisas para mudar sua relação.
A Internet é um meio de comunicação fascinante. É importante aprender a usá-la a seu favor, para aprender, estabelecer relações, se comunicar. Para tirar o melhor proveito, é fundamental manter uma atitude de controle, onde você - e não um determinado site ou aplicativo - determina como será o seu comportamento.
Fonte: Conversa de Psicólogo
4 comentários:
muito bom o conteudo do seu blog abracos
Nuccia, sabe, hoje abri meu blog e não é que tinha um premio pra vc, incrivel né.. meus parabéns
Muito dificil falar sobre isso, fico conectado durante várias horas. Abraços
Nuccia,
como você pode ter visto no Conversa, o conteúdo do blog tem seus direitos autorais proibidos e a cópia é proibida. Assim, peço encarecidamente que você retire o meu texto do seu blog.
Grata,
Carla Zuquetto
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